terça-feira, 22 de outubro de 2013

Câmara cria comissão para apurar se houve maus-tratos no Instituto Royal

A Câmara criou nesta terça-feira (22) uma comissão externa, formada por seis deputados federais, para investigar denúncias de maus-tratos supostamente praticados pelo Instituto Royal, em São Roque (SP), a cães da raça beagle. Os trabalhos do colegiado serão coordenados pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Ricardo Tripoli (PSDB-SP) será o relator.
Os outros quatro parlamentares que integrarão a comissão são: Alexandre Leite (DEM-SP), Antônio Roberto (PV-MG), Ricardo Izar (PSD-SP) e Roberto de Lucena (PV-SP).
Na última sexta (18), ativistas entraram no centro de pesquisas e levaram 178 cachorros e sete coelhos utilizados como cobaias. Segundo eles, os animais sofriam maus-tratos, o que a direção do instituto nega.
Protógenes Queiroz disse que esteve no centro de pesquisas e encontrou um cenário semelhante a um "campo de concentração". "O ambiente que eu vi lá é um ambiente de tortura. Parecia um campo de concentração nazista. Eu como delegado, e delegado está acostumado a ver pessoas esquartejadas, eu nunca me senti tão mal como me senti lá", afirmou.
O deputado afirmou que a comissão deverá elaborar um projeto de lei para proibir ou regulamentar o uso de animais em pesquisas científicas. Não há prazo para o funcionamento da comissão nem para a apresentação da proposta.
"Nosso objetivo é propor uma lei ou complementar a legislação sobre pesquisa científica com animais. Pelas informações que coletamos não se utilizam animais em pesquisas para medicamentos e cosméticos no exterior, em países desenvolvidos. A minha proposta como coordenador é de não haver nenhum tipo de pesquisa com animais", defendeu.

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