terça-feira, 8 de outubro de 2013

POLITICA: O PSB no RN quer fazer um Samba do Crioulo doido

Muito se tem falado numa eventual aliança majoritária entre o PMDB do presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, e o PSB da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, com vistas as eleições do próximo ano. Isso não chega a ser nenhum fato novo. Desde que se especulou a possibilidade de Henrique ser candidato a governador – isso bem antes do incidente com o avião da FAB – Wilma e sua filha, deputada Márcia Maia, tomaram a iniciativa de ir falar com o peemedebista sobre a possibilidade de uma aliança. Naquela época o governador Eduardo Campos (PE), presidente nacional do PSB apenas ensaiava uma candidatura à Presidência da República. Hoje a situação é diferente. Independente de ser ele ou Marina Silva, que se filiou a legenda no último sábado, fato é que o PSB terá candidatura própria à sucessão Presidencial. Vejo aí já um grande complicador, até porque o PSB saiu do governo Dilma, mas o PMDB continua, inclusive com Garibaldi Alves ministro de Estado.
Muito se comenta que na eleição passada o PMDB ficou dividido. O deputado Henrique Alves, candidato a reeleição, apoiou o então governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) que se candidatou também a reeleição. O senador Garibaldi Alves, outro que se candidatou a reeleição, apoiou a hoje governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Certo! ocorre que na eleição passada o PMDB não tinha candidato próprio á Presidência da República e apoiou Dilma Ruosseff como fará novamente em 2014. A título de lembrança, mesmo apoiando Rosalba para o governo, Garibaldi quando Dilma esteve em Natal para participar de um comício em prol da candidatura de Iberê – nesta eleição o PSB também apoiou Dilma – subiu no mesmo palanque. Dilma chegou a dizer no comício que ali tinha três candidatos ao Senado que lhe apoiavam: Hugo Manso (PT), Wilma de Faria (PSB) e Garibaldi Alves (PMDB).
Aos incautos ressalto que nas eleições de 2014 a situação é completamente diferente. O PSB terá candidato próprio à Presidência da República, assim como o PT – candidatura a reeleição de Dilma – que contará novamente com o apoio do PMDB. Portanto, isso implica em dizer que Wilma não poderá acender uma vela à Deus e outra ao diabo. Ou seja: se o seu partido contará com candidatura própria, é evidente que ela não poderá jamais subir no palanque do PMDB, que diz que terá candidato a governador e apoia Dilma à reeleição. Desta forma, a única possibilidade de o PSB de Wilma se unir ao PMDB de Henrique é na chapa proporcional, sobrando à Wilma uma candidatura a deputada federal.
Pouco provável, embora Wilma deseje isso, é o PMDB dos Alves, sobretudo de Garibaldi, apoiar uma candidatura de Wilma de Faria ao Senado, hoje sua maior adversária política no estado. Além, claro, das dificuldades que já externei. Como poderia uma chapa majoritária ter um candidato a governador que apóia a reeleição da presidenta Dilma e uma candidata ao Senado que apóia um candidato à Presidência da República pelo PSB. Nem Dilma Ruosseff aceitaria isso nem Eduardo Campos, e muito menos o eleitor. Seria um verdadeiro Samba do Crioulo doido.
Ah, ia esquecendo: mesmo que Wilma apoie Dilma por debaixo do pano, sim, porque a foto da semana passada indica isso – clique aqui para ver -, mesmo assim, pra todos os efeitos o partido do qual ela é dirigente maior no estado, o PSB, terá candidato próprio à sucessão Presidencial e, claro, Eduardo Campos gostaria de vê-la em seu palanque no Rio Grande do Norte. E aí, como é que fica? A conferir!
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